Cá estamos nós!

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 Uma história por semana...

O voo do pardal, de Lídia Jorge


  



 
E  agora? Que será que vai acontecer? 
Conta como gostarias que continuasse esta história 
e envia para bibliotecas@aebf.pt

RESPOSTA AO DESAFIO
Uma história por semana...

Mas não deu porque o senhor Henrique Gaspar deixou viver mas disse-lhe:
- Eu deixo-te viver mas  tira todos os teus amigos pardais daqui, já estou farto de vos ouvir e de vos ver, percebeste?
E o pardal respondeu na sua língua:
- Eu tiro-os, mas por favor não lhes faças mal.
E de seguida foi ter com os pardais para eles sairem dali. E lá foram eles embora, menos um que era o que falou com o Henrique Gaspar.
E o pardal perguntou-lhe:
- Somos amigos, certo?
E o senhor respondeu.
- Sim, somos. Qual é o teu nome?
E o pássaro disse-lhe:
- O meu nome é Michel e o teu?
E o Henriques Gaspar respondeu de imediato:
- O meu nome é Henrique Gaspar.
E assim os dois amigos viveram felizes para sempre.
Beatriz Coelho, 3.ºB / EB Casal da Serra

Margarida Oliveira, 3.ºB / EB Casal da Serra


O voo do pardal, de Lídia Jorge
Ora vamos lá saber o que aconteceu ao pardal desta história. 
O que fez Henrique Gaspar? Sempre lhe deu um piparote?     

          

                  

              


                        

             

           



FIM       
                                                                 


VIVA A LIBERDADE!

que Portugal reconquistou há 46 anos!
 todos os dias, todos os momentos...







"Um livro no coração. Todos somos Livros."
(Cartaz de Mariana Rio)
as Bibliotecas do AEBF deixam aqui alguns Desafios (podem escolher 1 ou fazer todos):
1 – Comentar o título da ilustração (cartaz de Mariana Rio)
2 – Descobrir outras ilustrações sobre o mesmo tema igualmente interessantes e enviar o link para um destes endereços:
3 – Recomendar a leitura de um livro ou seleccionar um excerto para partilhar num destes endereços:
4 – Dedicar, pelo menos, 15 min à leitura de algumas páginas de um livro ou de um texto (prosa ou poesia) que vos agrade, podendo fazer desse ritual uma rotina para toda a semana.

E, sobre Direitos de Autor”, o que conhecemos e pensamos, num tempo de comunicação tão ampla e aberta?
A resposta a estes desafios pode ser enviada para os professores titulares (1º ciclo) ou professores de Português dos restantes ciclos, que farão depois o favor de reencaminhar para estes endereços.
Posteriormente, será dado feedback do resultado das participações.




SUGESTÕES DE LEITURA? Visitem BIBLIOTECAR

E AINDA ... os DIREITOS DE AUTOR





DIA INTERNACIONAL
DO LIVRO INFANTIL
2 de ABRiL




FOME DE PALAVRAS

"Na minha terra, os arbustos florescem em finais de abril, início de maio, e logo se enchem de casulos de borboletas. Parecem bolas de algodão ou pedacinhos de algodão doce, mas as crisálidas que ali de desenvolvem devoram folha após folha, até os arbustos ficarem despidos. Quando as borboletas saem destes casulos, iniciam os seus voos delicados, mas os arbustos não são destruídos. E quando chega o Verão, florescem novamente, e assim acontece ano após ano.
É isto que sucede ao escritor e ao poeta. São devorados, esvaziados pelas suas histórias ou poemas: quando estes já estão escritos, saem a voar para acabar nos livros e poderem encontrar os seus ouvintes ou leitores. E isto repete-se uma vez, e outra vez.
O que acontece aos poemas e às histórias? Conheço um menino que foi operado aos olhos. Depois da cirurgia, teve de ficar duas semanas deitado sobre o lado direito. Durante um mês, não pode ler, não pode ler mesmo nada. Quando ao fim de um mês e meio pegou finalmente num livro, parecia que o livro era uma tigela onde apanhava palavras à colher. Como se as comesse. Como se verdadeiramente as comesse.
Conheço uma rapariga que cresceu e é agora professora. Disse-me: coitadas das crianças a quem os pais não lêem livros.
As palavras nos poemas e nos contos são comida. Não são comida para o corpo: ninguém pode encher o estômago com elas. São comida para o espírito e para a alma.
Quando temos fome e sede, o estômago encolhe-se e a boca seca. Procuramos um pedaço de pão, um prato de arroz, de milho, um peixe ou uma banana. Quanto mais fome se tem, mais a atenção diminui, e já não se vê mais nada para lá do pedaço de comida que nos saciaria.
A fome de palavras não se manifesta deste modo, mas adquire a forma da melancolia, do esquecimento, da arrogância. As pessoas que sofrem este tipo de fome não percebem que as suas almas tremem de frio e lhes passam ao lado. Uma parte do mundo foge-lhes das mãos sem que disso tenham consciência.
Esta fome pode ser saciada com contos e poemas.
Mas haverá esperança para aqueles que nunca se alimentaram de palavras para satisfazer a fome?
Sim, há. O menino lê quase todos os dias. A menina que já cresceu e se tornou professora lê histórias aos seus alunos. Todas as sextas. Todas as semanas. Se um dia se esquecer, os alunos vão lembrá-la.
E quanto ao escritor e ao poeta? Quando chegar o Verão, ficarão novamente verdes. E mais uma vez serão comidos pelas histórias e pelos poemas que escrevem, que voarão em todas as direções, como borboletas. Uma vez, e ainda outra vez."
Peter Svetina (n. 1970, Ljubljana, Eslovénia)
Tradução: Maria Carlos Loureiro