Na biblioteca vamos poder ler, ouvir, contar e sonhar, para o mundo abraçar!
Cá estamos nós!
LEITURAS CENTENÁRIAS
JOSÉ SARAMAGO
José Saramago foi ao seu passado de criança buscar o material para esta narrativa literária autobiográfica.
O escritor evoca o avô e a avó maternos, Jerónimo e Josefa, fala-nos do seu modo de ser e de estar, põe-nos perante a vida humana no seu esplendor de comunhão com o que existe de mais simples, natural e, afinal, mais profundo: a liberdade infantil, a partilha de valores, a ligação aos elementos da natureza, o amor, a morte.
A arte pictórica de João Fazenda une-se à palavra de Saramago, interpreta-a e tradu-la. O resultado é um mundo-outro que só a memória e a arte podem construir; um mundo em que o mais real e precário se transformam no mais sublime e eterno.
ANTÓNIO BASTOS, VALE GRANDE 4A
Casal da Serra 4A
VALE GRANDE 4A
E se as histórias para crianças passassem a ser leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?
José Saramago
O narrador relembra uma passagem em que travou um embate com um peixe. O animal, ao morder a isca da cana do miúdo, arrancou o isco, o anzol e a linha, deixando o menino perplexo e certo de que se tratava de um animal monstruoso. Então, ele vai a correr à casa da avó, prepara a cana outra vez e volta ao rio para se vingar da besta – que ele imagina ainda estar lá.
«Voltei ao sítio, já o Sol se pusera, lancei o anzol e esperei. Não creio que exista no mundo um silêncio mais profundo que o silêncio da água. Senti-o naquela hora e nunca mais o esqueci.»
Publicada originalmente em As Pequenas Memórias (2006), esta recordação de infância de José Saramago transformou-se num conto universal, pleno de sabedoria e doçura.
«E houve também aqueles dois gloriosos dias em que fui ajuda de pastor, e a noite de permeio, tão gloriosa como os dias.
Perdoe-se a quem nasceu no campo, e dele foi levado cedo, esta insistente chamada que vem de longe e traz no seu silencioso apelo uma aura, uma coroa de sons, de luzes, de cheiros miraculosamente conservados intactos.
O mito do paraíso perdido é o da infância – não há outro. O mais são realidades a conquistar, sonhadas no presente, guardadas no futuro inalcançável. E sem elas não sei o que faríamos hoje.
Eu não o sei.» Neste fragmento de A Bagagem do Viajante (1973), José Saramago recorda o dia em que foi ajudar o tio a vender porcos na feira."
«O Lagarto» é um conto breve incluído em "A Bagagem do Viajante" (1973), volume que reuniu as crónicas escritas por José Saramago para o diário "A Capitale para o semanário Jornal do Fundão, entre 1971 e 1972. A história narra o aparecimento no Chiado de um misterioso lagarto, cuja presença surpreende os transeuntes e mobiliza os bombeiros, o exército e a aviação. Num estilo claro e preciso, a fábula oferece uma pluralidade de sentidos capaz de cativar leitores de todas as idades.
José Saramago foi ao seu passado de criança buscar o material para esta narrativa literária autobiográfica.
O escritor evoca o avô e a avó maternos, Jerónimo e Josefa, fala-nos do seu modo de ser e de estar, põe-nos perante a vida humana no seu esplendor de comunhão com o que existe de mais simples, natural e, afinal, mais profundo: a liberdade infantil, a partilha de valores, a ligação aos elementos da natureza, o amor, a morte.
A arte pictórica de João Fazenda une-se à palavra de Saramago, interpreta-a e tradu-la. O resultado é um mundo-outro que só a memória e a arte podem construir; um mundo em que o mais real e precário se transformam no mais sublime e eterno.
ANTÓNIO BASTOS, VALE GRANDE 4A
Casal da Serra 4A
E se as histórias para crianças passassem a ser leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?
José Saramago
O narrador relembra uma passagem em que travou um embate com um peixe. O animal, ao morder a isca da cana do miúdo, arrancou o isco, o anzol e a linha, deixando o menino perplexo e certo de que se tratava de um animal monstruoso. Então, ele vai a correr à casa da avó, prepara a cana outra vez e volta ao rio para se vingar da besta – que ele imagina ainda estar lá.
«Voltei ao sítio, já o Sol se pusera, lancei o anzol e esperei. Não creio que exista no mundo um silêncio mais profundo que o silêncio da água. Senti-o naquela hora e nunca mais o esqueci.»
Publicada originalmente em As Pequenas Memórias (2006), esta recordação de infância de José Saramago transformou-se num conto universal, pleno de sabedoria e doçura.
«E houve também aqueles dois gloriosos dias em que fui ajuda de pastor, e a noite de permeio, tão gloriosa como os dias.
Perdoe-se a quem nasceu no campo, e dele foi levado cedo, esta insistente chamada que vem de longe e traz no seu silencioso apelo uma aura, uma coroa de sons, de luzes, de cheiros miraculosamente conservados intactos.
O mito do paraíso perdido é o da infância – não há outro. O mais são realidades a conquistar, sonhadas no presente, guardadas no futuro inalcançável. E sem elas não sei o que faríamos hoje.
Eu não o sei.» Neste fragmento de A Bagagem do Viajante (1973), José Saramago recorda o dia em que foi ajudar o tio a vender porcos na feira."
«O Lagarto» é um conto breve incluído em "A Bagagem do Viajante" (1973), volume que reuniu as crónicas escritas por José Saramago para o diário "A Capitale para o semanário Jornal do Fundão, entre 1971 e 1972. A história narra o aparecimento no Chiado de um misterioso lagarto, cuja presença surpreende os transeuntes e mobiliza os bombeiros, o exército e a aviação. Num estilo claro e preciso, a fábula oferece uma pluralidade de sentidos capaz de cativar leitores de todas as idades.
Termina já no dia 18 de novembro a nomeação dos livros favoritos para
Miúdos a Votos!
Todos os alunos, podem apresentar o seu livro preferido a candidato às
eleições deste ano letivo. Para tal têm de preencher o formulário de nomeação.
Aos professores que queiram saber mais ou para darem sugestões, no
dia 15 de novembro, a partir das 17h30, estão
convidados a participar numa sessão em
linha, através desta
hiperligação. A participação nesta sessão não implica inscrição prévia e o acesso é
livre.
stórias para crians
Os alunos do 4A da EB Casal da Serra, foram desafiados para a escrita e apresentaram os textos seguintes:
Ontem, dia 1 de novembro, foi o PÃO POR DEUS, em Portugal, uma tradição muito antiga, do dia de todos os santos, onde as crianças saem à rua e em grupovão pedir de porta em porta, com os versos e lenga-lengas desta ocasião.
A origem da tradição Pão por Deus em Portugal
O peditório do Pão por Deus no nosso país está também associada a essa tradição de oferenda aos defuntos e celebra-se no Dia de Todos os Santos, ou Dia dos Fieis Defuntos. O Dia de Todos os Santos era já chamado o Dia do Pão por Deus no seculo XV e nesse dia repartiam-se alimentos pelos mais pobres. Este hábito ganhou força um ano após o grande terramoto de 1755 que destruiu completamente parte da capital e que aconteceu justamente no dia 1 de Novembro, Dia de Todos os Santos. Nessa época, a fome e a miséria sentiam-se pela cidade e reforçou a necessidade de partilha de alimentos com os mais necessitados. Em 1756, as pessoas percorreram assim as ruas de Lisboa, batendo às portas e pedindo qualquer esmola, mesmo que fosse apenas pão. Dado o desespero, as pessoas pediram “Pão, por Deus”. Em troca muitos pedintes receberam pão, bolos, vinho e outros alimentos para honrar os seus mortos e pedir pela sua alma.